domingo, outubro 01, 2006

Lua nova

Ela estava começando a gostar de caminhar sozinha. Um filho agora seria corrente. Num surto de maternidade pensava nos olhinhos e na mãozinha prendendo em seus dedos. Pensava na Europa. Pensava nas noites de loucura e nas irresponsabilidades que ainda queria fazer. Pensava nas dobrinhas de carne nova, mas não conseguia odiar, só um pouquinho.
Já sabia que a distancia entre um beijo e uma vida era muito pequena. Já sabia, sempre soube, mas a correnteza era tão forte e tão adorável que pra se jogar não custava. Ia custar caro agora, talvez.
Pensava no tempo entre uma coisa e a outra, entre o status quo e o novo estado das coisas. Era um momento, sem alarme.

Um comentário:

Anônimo disse...

que bom saber de você. li tudo de uma vez só!
e, olha, no final tudo é bagagem...

(estou de blog novo, clica no meu nome pra ir lá)