domingo, novembro 26, 2006

Mãos

Dispenso os galanteios do destino. Seguro as rédeas com tanta força que chega a sangrar. Olho atenta cada curva, sempre à frente. Desisti do barco na correnteza nem sempre amiga. Remar me cansa os braços, mas é necessário para me tornar humana.
Somos a raça do exagero, do drama e do amor. Somos diferentes do resto e no entanto o instinto sobrevive. Tenho que dominar o cavalo que deseja correr livre fogoso.
Não posso admitir que eu, humaníssima, serei controlada pelo meu animal . Há que se adestrá-lo. Matá-lo, nunca.